Quantos pedidos de socorro são necessários para resgatar um homem do próprio abismo? Quantos deuses, preces, selfies ou livros? Quantas juras de amor, abraços ou ofertas de amizade? E o que dizer da arte em todo seu embuste? Sua afetação... Pode um quadro, uma foto, melodia ou verso bordar com nexo tão suntuoso abismo? Quanta filosofia é necessária pra tornar ao menos suportável todo o azedume dessa efêmera, porém dolorosa passagem do homem pelo mundo? Por fim vos pergunto, com a devida licença dessa barata metafísica: Quanta vida é necessária para que eu deixe de ver na morte o refrigério do mundo?